sábado, 10 de julho de 2010

Copa do Mundo da FIFA Alemanha 2006


DADOS
·         Equipas: 32
·         Quando: 09 Junho 2006 para 09 Julho 2006
·         Final: 09 Julho 2006
·         Jogos: 64
·         Golos: 147 (média 2.3 por partida)
·         Assistência: 3359439 (média 52491)
§  Campeão: Itália
§  Vice-campeão: França
§  Terceiro: Alemanha
§  Quarto: Portugal
§  Bola de Ouro adidas: Zinedine ZIDANE (FRA)
§  Chuteira de Ouro adidas: Miroslav KLOSE (GER)
§  Prémio Yashin para o Melhor Guarda-redes: Gianluigi BUFFON (ITA)
§  Prémio de Melhor Jogador Jovem: Lukas PODOLSKI (GER)
§  Prémio FIFA Fair Play: Espanha, Brasil
§  Prémio da FIFA para a Equipe Mais Espectacular: Portugal
RESUMO
Os italianos devem o título da Copa do Mundo da FIFA Alemanha 2006 sobretudo ao facto de terem sido uma equipe unida. Sem dúvida nenhuma a imagem que ficará na memória será a do momento em que Zinedine Zidane perdeu o controle no Estádio Olímpico de Berlim e deu uma cabeçada no peito do italiano Marco Materazzi.
Dirigida pelo treinador Marcello Lippi que levou a Juventus de Turim a uma série de sucessos a selecção italiana conseguiu tirar motivação do escândalo de compra e manipulação de resultados na loteria desportiva no país, além da qualidade individual dos seus jogadores a Itália contou também com a força e o entrosamento do grupo. Dos 23 jogadores de Marcello Lippi 21 tiveram chance de jogar, e dez deles aproveitaram a oportunidade e marcaram golo.
À frente do extraordinário Gianluigi Buffon, o capitão Fabio Cannavaro comandou com excelência a melhor defesa da história das Copas: a Itália só sofreu dois golos sendo um contra e um de penálti. No meio-campo, Andrea Pirlo e Gennaro Gattuso formaram uma dupla que combinou força e técnica. Os laterais Gianluca Zambrotta e Fabio Grosso com suas descidas pelas laterais também não podem ser esquecidos.
Grosso não apenas marcou o golo que abriu caminho para a sensacional vitória italiana na semifinal contra a Alemanha como também converteu o penálti que deu a vitória àAzzurra na final contra a França. Com isso a Itália venceu pela primeira vez uma Copa nos penáltis, deixando para trás o trauma da final de 1994.
Mas a Copa do Mundo da FIFA 2006 não foi um sucesso só para os italianos. A jovem selecção alemã do treinador Jürgen Klinsmann chegou ao terceiro lugar jogando um futebol rápido e ofensivo. O melhor ataque da competição foi o dos anfitriões com 14 golos no total cinco deles marcados por Miroslav Klose que levou o prémio Chuteira de Ouro oferecido pela adidas. O companheiro de ataque Lukas Podolski balançou três vezes as redes e recebeu o Prémio Gillette de jogador revelação.
A seleção de Klinsmann realmente contagiou a Alemanha em 2006. O velho estereótipo de futebol de resultados dos alemães foi superado pela jovem equipe com performances electrizantes. Além disso uma apaixonada torcida que cumpria dentro e fora dos estádios o lema da Copa ("O mundo entre amigos") produziu uma onda de alegria que acabou entusiasmando toda a população. Milhares de pessoas lotaram em todo o país as festas de rua organizadas para os torcedores, e a competente organização alemã ganhou respeito ao redor do planeta.
As quatro semanas de futebol na Alemanha conseguiram entusiasmar não só os 3.359.439 espectadores que compareceram a um dos 12 fantásticos estádios para acompanhar de perto as disputas (sem contar as milhões de pessoas que assistiram aos jogos nos telões colocados nas ruas), mas uma audiência estimada em mais de 30 bilhões de torcedores por meio de diversos veículos de comunicação no mundo todo. Todas as atenções estavam voltadas para as 32 selecções participantes, desde Angola aos Estados Unidos. Em uma maratona de 64 jogos e com um total de 147 golos, essas 32 equipes emocionaram, encantaram e, em alguns momentos, levaram ao desespero bilhões de pessoas ao redor do mundo.
Zinedine Zidane teve uma despedida memorável e contribuiu muito para que o seleccionado de Raymond Domenech chegasse à final em Berlim depois de vencer Espanha e Brasil. Pelo seu óptimo desempenho ele levou para casa a Bola de Ouro. Mas mesmo com um golo contra a Itália oito anos depois de também ter deixado a sua marca na final de 1998 Zidane acabou não tendo o final feliz com que sonhava.
Portugal também tem motivos de orgulho: o craque Cristiano Ronaldo representou uma das grandes forças individuais do torneio e ajudou a selecção a chegar à semifinal igualando o feito de 1966. Campeão com o Brasil em 2002 o treinador Luiz Felipe Scolari chegou perto da segunda final mas acabou saindo da disputa ao perder para a França nas semifinais.
Apesar de só selecções europeias terem participado das semifinais outros países também deixaram boa impressão. Antes da eliminação nas quartas-de-final com a amarga derrota para a Alemanha nos penáltis a Argentina mostrou um empolgante futebol de toque de bola como na sequência de 24 passes que culminou com o golo de Esteban Cambiasso fechando a goleada de 6 a 0 contra Sérvia e Montenegro. Talvez tenha sido também de um argentino a melhor performance individual da Copa: Maxi Rodríguez marcou um golaço nos oitavos-de-final, definindo a vitória contra a forte selecção mexicana.
Motivos de orgulho também não faltam às selecções africanas estreantes. A Costa do Marfim por exemplo ainda que tenha perdido para Argentina e Holanda dificultou bastante a vida de ambas. Angola obteve empates tanto com o México quanto com o Irão enquanto Gana conseguiu com o seu futebol ofensivo articulado pelos craques Stephen Appiah e Michael Essien ganhar inclusive da respeitada selecção da República Checa e dos Estados Unidos, antes de ter sido eliminada pelo Brasil nos oitavos-de-final.
Quem também brilhou foi a selecção estreante de Trinidad e Tobago que apesar de ter lutado muito contra a Suécia não conseguiu sair do 0 a 0. Equador sobreviveu pela primeira vez à fase de grupos batendo a Polónia e a Costa Rica. E a selecção da Austrália venceu de virada e com muita raça o Japão, com três golos nos últimos dez minutos de jogo, chegando aos oitavos-de-final. Também está de parabéns a defesa suíça, que no tempo regulamentar de quatro partidas não sofreu um golo sequer.
Também houve grandes decepções na Copa do Mundo da FIFA 2006. Apesar de Ronaldo ter marcado o seu 15º golo convertendo-se no maior marcador da história da competição a selecção pentacampeã do Brasil ficou abaixo da expectativa. Assim como a Inglaterra o Brasil chegou aos quartos-de-final mas isso não satisfez nem de perto as expectativas, inclusive dos próprios jogadores. As selecções asiáticas não conseguiram repetir o sucesso de 2002 e tiveram de se despedir cedo do torneio. Em uma estatística negativa, desde 1990 a fase de mata-mata não tinha tão poucos golos. Para concluir, também não houve muitas surpresas, com excepção da estreante Ucrânia, que chegou às quartas-de-final e só foi eliminada pela Itália — o que não foi nenhuma vergonha, já que a Itália foi a grande campeã da Copa do Mundo da FIFA 2006.
CURIOSIDADES
Savo Milošević, Philip Cocu e Lee Woon-Jae jogaram as suas centésimas partidas pelas respectivas selecções nacionais no decorrer do torneio em solo alemão. Na final, Fábio Cannavaro também se uniu ao clube dos centenários;
Depois de tomar golos em todos os seus 22 jogos nas suas diversas participações entre 1934 e 1994, a Suíça conseguiu em 2006 a façanha de ser o primeiro país a não levar nenhum golo em uma edição da Copa do Mundo da FIFA;
No confronto entre as duas selecções pelo Grupo C, o gigante Nikola Zigic, da seleção de Sérvia e Montenegro, era 39 centímetros mais alto que o baixinho Bakari Koné, da Costa do Marfim.
Antes do confronto com Angola pelo Grupo D, o atacante iraniano Ali Daei já tinha marcado 109 golos em partidas entre selecções, 40 a mais que a soma dos gols feitos por todos os jogadores do plantel angolano.
A primeira vitória de uma selecção da Oceânia em toda a história da competição foi dramática. A Austrália perdia para o Japão por 1 a 0 até os 39 minutos do segundo tempo, mas virou com golos de Tim Cahill e um de John Aloisi.

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