sábado, 10 de julho de 2010

Copa do Mundo da FIFA França 1998




DADOS
·         Equipas: 32
·         Quando: 10 Junho 1998 para 12 Julho 1998
·         Final: 12 Julho 1998
·         Jogos: 64
·         Golos: 171 (média 2.7 por partida)
·         Assistência: 2785100 (média 43517)
§  Campeão: França
§  Vice-campeão: Brasil
§  Terceiro: Croácia
§  Quarto: Holanda
§  Bola de Ouro adidas: RONALDO (BRA)
§  Chuteira de Ouro adidas: Davor SUKER (CRO)
§  Prémio Yashin para o Melhor Goleiro: Fabien BARTHEZ (FRA)
§  Prémio de Melhor Jogador Jovem: Michael OWEN (ENG)
§  Prémio FIFA Fair Play: Inglaterra, França
§  Prémio da FIFA para a Equipe Mais Espectacular: França
RESUMO
Pátria de Jules Rimet pai da Copa do Mundo da FIFA a França venceu em casa a maior competição do futebol internacional. O verão de 1998 foi inesquecível para os franceses que levaram o título mundial pela primeira vez pouco mais de uma década após terem sofrido duas eliminações nas semifinais. A competição também foi marcante por contar com oito selecções a mais que nos anos anteriores.
Com 32 países aumentaram as oportunidades de nações de fora da Europa e da América do Sul. Prova disso foram as estreias de África do Sul, Japão e Jamaica representando respectivamente a África, a Ásia e a CONCACAF. Os oito grupos de quatro países foram distribuídos por toda a França mas o local da partida de abertura e da final foi o novíssimo Stade de France na periferia de Paris, foi lá que o Brasil como detentor do título contou com um golo contra de Tom Boyd e um a favor de César Sampaio para abrir o torneio com uma vitória de 2 a 1 sobre a Escócia.
A grande surpresa da primeira fase foi o fracasso da Espanha que começou perdendo por 3 a 2 para a Nigéria e empatando com o Paraguai. O seleccionado de Javier Clemente depois goleou a Bulgária por seis, mas a goleada não foi suficiente pois os paraguaios derrotaram a Nigéria na mesma noite e se classificaram ao lado dos africanos.
A Roménia ficou em primeiro no Grupo G à frente da Inglaterra e da Colômbia mas caiu já na fase seguinte. No Grupo A o penálti convertido pelo norueguês Kjetil Rekdal no último minuto garantiu a vitória diante do Brasil e a classificação do país nórdico às custas do Marrocos. O Irão caiu na primeira fase mas teve como prémio de consolação um triunfo sobre os Estados Unidos. Os torcedores da Escócia e da Jamaica não tiveram muito para comemorar mas fizeram um belo espectáculo nas bancadas.
Drama em Saint-Ettiénne
O jogo mais electrizante dos oitavos-de-final foi disputado em Saint-Ettiénne entre Inglaterra e Argentina, o primeiro tempo já seria suficiente para entrar para a história: depois de um penálti para cada lado nos dez primeiros minutos o ainda adolescente Michael Owen fez um golaço que colocou a Inglaterra à frente mas Javier Zanetti bateu falta com categoria para empatar no finalzinho.
Depois do intervalo os golos deram lugar ao drama, David Beckham foi expulso por dar um pontapé em Diego Simeone e Sol Campbell teve um golo anulado após falta sobre o guarda-redes antes de a partida ir para o prolongamento e então para os penáltis. Na última cobrança dos ingleses o guarda-redes Carlos Roa defendeu o remate de David Batty e classificou a Argentina. 

Já a França deu vários sustos nos adeptos ao avançar aos trancos e barrancos. Foi somente aos oito minutos do segundo tempo do prolongamento que Laurent Blanc marcou o primeiro golo de ouro da história da competição para derrotar nos oitavos-de-final a brava selecção paraguaia liderada pelo carismático guarda-redes José Luis Chilavert e pelo zagueiro Carlos Gamarra que actuou boa parte do jogo com o ombro deslocado. Na fase seguinte os anfitriões pegaram a Itália e foram salvos pela sorte e pelo poste. Após empate no tempo regulamentar Roberto Baggio cabeceou uma bola rente ao poste nos instantes finais do prolongamento. Nas cobranças da marca penálti Luigi Di Biagio acertou o na trave. Enquanto a França comemorava a chegada às semifinais a
 Azzurra lamentava a terceira desclassificação consecutiva nos penáltis.
Chuteira de ouro para Šuker  
Na semifinal a França teve pela frente a Croácia consagrada como a maior surpresa do torneio. Na sua primeira Copa do Mundo da FIFA desde a independência da antiga Jugoslávia a selecção comandada por Miroslav Blažević fizera 3 a 0 nos quartos-de-final sobre a Alemanha então campeã europeia. Diante da França Šuker deu mais um passo rumo à conquista da Chuteira de Ouro adidas ao silenciar o Stade de France com um golo logo no início da etapa final. Poucos instantes depois o lateral-direito Lilian Thuram escolheu o momento ideal para fazer o primeiro golo da sua carreira pela selecção francesa, não satisfeito ainda marcou o segundo e levou o país à sua primeira final de uma Copa do Mundo da FIFA.
A outra semifinal foi disputada em Marselha e teve o Brasil diante de uma selecção holandesa cheia de confiança após eliminar a Argentina com um golaço de Dennis Bergkamp. Depois de golos de Ronaldo e Patrick Kluivert o Brasil venceu nos penáltis e assim como fizera em 1994 eliminou a Holanda da briga pelo título.

No dia 12 de Julho como diz a Marselhesa, "o dia da glória chegou". A decisão entre França e Brasil começou com a misteriosa escalação de Ronaldo na última hora após Edmundo ter aparecido na súmula. Em meio a boatos sobre uma suposta convulsão antes do jogo, Ronaldo não foi nem sombra das actuações anteriores. Os franceses, mesmo sem o suspenso Blanc, não demoraram a tomar conta da partida. Duas cabeçadas de Zidane após cobranças de escanteio garantiram uma vantagem de 2 a 0 no intervalo. Apesar da expulsão de Marcel Desailly no segundo tempo, o seleccionado de Aimé Jacquet ainda conseguiu o terceiro com Emmanuel Petit em um contra-ataque no último minuto.

O apito final do árbitro marroquino Said Belqola, o primeiro africano a comandar uma decisão de Copa do Mundo da FIFA, foi o ponto de partida para as comemorações em todo o país. A selecção que representava a mistura multirracial da França moderna havia unido a nação. Mais de um milhão de torcedores lotaram a avenida Champs Élysées e dançaram a noite toda.
CURIOSIDADES
Doze anos e 16 dias depois do seu primeiro golo na Copa do Mundo da FIFA o dinamarquês Michael Laudrup balançou as redes pela segunda e última vez na derrota por 2 a 1 para a França;
O dinamarquês Ebbe Sand marcou o terceiro golo da vitória de 4 a 1 do seu país sobre a Nigéria apenas 16 segundos depois de entrar em campo. O golo foi o mais rápido feito por um jogador substituto em toda a história da Copa do Mundo da FIFA;
Depois de duas derrotas seguidas Arábia Saudita, Coreia do Sul e Tunísia trocaram de técnico. A mudança até que fez efeito pois as três selecções conseguiram empatar os jogos em que se despediram da competição;
A Áustria fez golos nos descontos do segundo tempo em todas as suas três partidas. As recuperações no finalzinho lhe valeram dois empates em 1 a 1 e um golo de honra contra a Itália;
O argentino Gabriel Batistuta tornou-se o primeiro homem a marcar três golos em duas partidas de edições diferentes da Copa do Mundo da FIFA. Ele balançou as redes três vezes contra a Grécia em 1994 e repetiu a dose na França diante da Jamaica.

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